Mitos e Verdades

O simulador de direção veicular é uma ferramenta pedagógica com conteúdo complementar ao aplicado às demais etapas do processo de formação dos condutores de categoria B. O equipamento tem como principal objetivo treinar o aluno para que ele possa reagir de forma correta, segura e fixar o conteúdo teórico aprendido, simulando cenários que imitam a realidade e que treinam o cérebro de forma mais efetiva, como em situações adversas e de risco, as quais ele não poderia ser submetido nas aulas práticas em vias públicas em razão da segurança.

Mitos e verdades sobre o tema

Com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre a nova regulamentação que prevê a obrigatoriedade de utilização de simuladores veiculares na formação de condutores a partir de 1º de janeiro, reunimos informações e dados relevantes sobre o tema. Conheça abaixo os mitos e verdades mais comuns nesta discussão:

O simulador veicular vai tornar o processo mais caro.

Mito Os custos para os alunos dos CFCs não devem aumentar, pois não haverá elevação da carga horária, mas substituição de parte das aulas práticas em vias públicas por aulas no simulador. Além disso, não há necessidade de investimento inicial por parte do CFC, pois há no mercado opções em que ele só paga pela aula ministrada.
Estudos realizados no Estado do Rio Grande do Sul (que adotou a obrigatoriedade há um ano) comprovam que houve redução no custo médio para obtenção da CNH, por conta da diminuição do número de aulas práticas realizadas pelos alunos e pelo aumento no índice de aprovação no exame prático.


O uso do simulador veicular aumenta a segurança no trânsito.

Verdade Os simuladores são eficientes para reduzir esse risco, pois treinam os condutores em situações adversas como cenários de rodovias, chuva e neblina, entre outros, que segundo a Polícia Rodoviária Federal são as maiores causas de acidentes.
Além disso, a modernização do método de ensino e aumento de fiscalização no processo de formação dos condutores são passos importantes para redução do número de acidentes. O simulador faz parte desse processo como um facilitador que permite melhor fixação do conteúdo aprendido no curso teórico, pois os alunos são impactados com alertas a todas as infrações e erros cometidos durante o trajeto e recebem relatórios de erros de conduta e infrações ao final das aulas no simulador.
Outras vantagens do simulador no processo de aprendizado são a padronização e melhor formação técnica e maior segurança do processo, com sistema de validação biométrica do instrutor e do aluno, garantindo que o futuro motorista terá uma formação completa.


As aulas no simulador colocam o aluno em situações que não acontecem nas aulas práticas tradicionais.

Verdade O equipamento tem como principal objetivo treinar o aluno para que ele possa reagir de forma correta, segura e fixar o conteúdo teórico aprendido, simulando cenários próximos à realidade e que treinam o cérebro de forma mais efetiva, como em situações adversas e de risco, as quais ele não poderia ser submetido nas aulas práticas em vias públicas em segurança.


Não há dados que comprovem a eficácia dessa tecnologia.

Mito Os resultados obtidos no Estado do Rio Grande do Sul, onde o uso dos simuladores é obrigatório há um ano e já foram aplicadas mais de 1 milhão de aulas, comprovam a redução do número de reprovação no exame de prática de direção veicular, indicando que os candidatos chegam mais preparados e seguros à fase final de seu processo de habilitação. Os mesmos resultados foram percebidos no Acre, que também adotou o uso do equipamento há um ano.


Com o tempo e resultados comprovados e percebidos pela sociedade, a ferramenta será mais um motivo de orgulho como medida de segurança tomada pelo país.

Verdade O cinto de segurança e a cadeirinha para o transporte de crianças também sofreram rejeição na época da sua implantação. Hoje são essenciais e indiscutíveis quando o assunto é segurança no trânsito. No caso dos simuladores, a alta tecnologia envolvida, o conteúdo pedagógico elaborado e aplicado nesses equipamentos e os estudos nacionais e internacionais comprovando sua eficácia em estados que utilizam o equipamento há mais de um ano e meio deverão elevar a aceitação da tecnologia junto ao público.


Essa regra só existe no Brasil.

Mito A experiência e estudos realizados em países como Austrália, Bélgica, Reino Unido, Canadá, Nova Zelândia, Holanda, Estados Unidos e Espanha apontam o mesmo resultado: o aprendizado por meio da condução simulada é a solução para o velho dilema de como formar novos motoristas sem oferecer grandes riscos de acidentes ao trânsito do país, uma vez que o cenário para a condução e a exposição ao risco podem ser simuladas de maneira controlada, repetitiva, mensurada e sem riscos.
Recentemente França e Portugal adotaram o uso dos simuladores na formação de seus motoristas.
O treinamento simulado educa o motorista, acelera o processo de aprendizagem e aumenta o nível do discernimento dos riscos da condução, ajudando os condutores novatos a adquirirem habilidades de direção mais seguras antes de conduzir na vida real. Os estudos aprofundados realizados pela Universidade de Iowa, que há anos pesquisa a formação por meio de simuladores de direção - e que é referência mundial no tema - parabenizou o Brasil pela iniciativa de transformar a utilização obrigatória do simulador na formação de novos motoristas.


Não houve discussão sobre o assunto.

Mito Desde 2009 o tema é debatido em Câmaras Temáticas e diversas Audiências Públicas foram realizadas na Câmara Federal. O Denatran também visitou os Detrans de todo país, além de Sindicatos de Autoescolas locais, para que as particularidades regionais fossem contempladas, além dos debates no Fórum Consultivo. No âmbito acadêmico, a UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina - realizou debates ampliados e promoveu discussões envolvendo a FENEAUTO, Sindicatos Regionais e Autoescolas.